Mais tarde, com a evolução natural da cidade, Alfredo Leite iniciava uma frota de coletivos, "micro-ônibus" que faziam ponto na Rua Santo Antônio em frente ao Cinema Glória e dali partiam para as três linhas principais da cidade: Arraial - Heliópolis, Boa Vista - Rua das Correntes e Rua da Areia. Aos sábados, as suas linhas se estendiam para os lugares mais próximos como Brejão, São João e São Pedro, vilas que depois se transformaram em cidades e municípios. Apesar do pioneirismo do nosso Alfredo Leite, Garanhuns já havia tomado contato com o automóvel. Um carro de qualidade Inglesa ou Italiana, todo metálico, talvez um Bugatti, fazia viagens periódicas entre Garanhuns e Pedra de Delmiro Gouveia, trazendo os altos funcionários da Fábrica de Linhas da Pedra, para apanhar o trem da Great Western. A presença do vistoso veículo, com capota de lona bem luzidia e acessórios colocados na parte externa de seus paralamas laterais chamavam a atenção da meninada e dos populares que faziam ponto em nossas ruas.
Dos carros de aluguel, Garanhuns passou também aos carros particulares, em rápida ascensão. O médico Luiz Guerra, o comerciante Antônio Pedrosa, o fazendeiro Figueira entre outros, todos começaram a adquirir os seus veículos próprios, servindo as suas famílias e a dos seus amigos, ora nos passeios pela cidade, ora nas viagens mais longas aos municípios e cidades limítrofes.
Assim Garanhuns caminhava com o progresso e liderava as cidades do interior pernambucano.
*Alfredo Vieira / Escritor e historiador / 06 de novembro de 1976.
Foto: Ponto de ônibus na Avenida Santo Antônio em frente ao Cine Glória na década de 1950.
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