De lá sempre se comunicava consultando os sábios ensinamentos do seu velho amigo e mestre Arthur Maia. Nesse sentido muitos comentários se ouviram. Era natural porque soube consolidar a sua amizade. Havia uma admiração mútua. A aluno amava respeitosamente o mestre e por si, o autor de "Maio" sentia uma pontinha de vaidade em ter sido professor de Abdisio. Não compreendia que se pudesse alcançar um objetivo qualquer sem a certeza daquilo que se quer. Discreto, calmo, até mesmo tranquilo.
Não era facilmente afeito ao diálogo. Esperava ser abordado para se interessar no assunto. Observava atentamente o comportamento das pessoas. A sublime faculdade de escutar era uma integração de sua personalidade. Desse modo também se autoanalisava. Tentava penetrar nas cogitações de seu mundo íntimo. Era um perfeito cavalheiro, homem de fino trato e de alta e fina sensibilidade.
Abdisio Vespasiano é um dos grandes vultos da nossa Petrópolis Pernambucana - logo cedo tornou-se digno de estima e consideração do mundo intelectual em que viveu.
*Dr. José Francisco de Souza /Advogado, historiador, cronista e jornalista / Jornal O Monitor / Garanhuns, 09 de julho de 1977. Acervo: Memorial Ulisses Viana de Barros Neto.
Foto: Organizadores do Álbum do Município de Garanhuns 1922/1923 - A esquerda Álvaro Lemos responsável pela parte fotográfica do, e à direita Abdisio Vespasiano pela parte intelectual.
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