O escritor e artista plástico Luís Jardim é considerado o maior representante da cultura de Garanhuns em toda a história literária do País. O intelectual garanhuense honraria qualquer lugar onde nascesse "mas, foi aqui, na Praça Jardim", no centro da cidade, que Deus, em primeiro lugar permitiu que tivéssemos essa grande satisfação. É um orgulho incontestável para Garanhuns. Luís Jardim nasceu no dia 8 de dezembro de 1901 e faleceu no dia 1 de janeiro de 1987, quando estava dormindo, em seu apartamento na cidade do Rio de Janeiro, onde morou grande parte de sua vida, além de Garanhuns e do Recife.
Quando da nossa primeira administração à frente da prefeitura de Garanhuns e por ocasião das comemorações do Centenário de nossa cidade, lhe prestamos significativa homenagem, reeditando Seu livro "Maria Perigosa", considerado um dos melhores e afixando placa alusiva no local onde nasceu e viveu sua primeira infância. Com base na admiração pelo trabalho do grande mestre de Garanhuns e com a preocupação de que sua vida e obra pudessem ser preservadas e conhecidas das gerações de hoje e futuras, é que vimos aprovado o Prêmio Literário Luís Jardim, em 1987. No ano seguinte, a Secretária de Cultura do Estado, através da Fundarpe, instituiu o aludido prêmio, e realizou o concurso e, em 1989, publicou o livro premiado. Cumpria-se assim, a priori, os objetivos salutares do nosso Projeto, tornando realidade, por Lei, a preservação da memória de Luís Jardim.
No final de dezembro de 1990, a prefeitura de Garanhuns, mais uma vez sob nossa Administração, prestou outra significativa homenagem a Luís Jardim, dando seu nome ao Espaço Cultural, em plena Avenida Santo Antônio, no centro da Suíça Pernambucana, criado com a finalidade de estimular as manifestações de cunho artístico-cultural em nossa terra.
Luís Jardim só deixou Garanhuns, com a morte do seu pai, na triste Hecatombe de 1917, indo morar no Recife, onde exerceu as funções de desenhista-ilustrador, trabalhou no comércio e no City Bank e, finalmente, conheceu e casou-se com Alice Alves, filha de um português. Seu primeiro artigo publicado na imprensa recifense foi "Análise Estética da Pintura" e depois vieram os livros "O Tatu e o Macaco", "Isabel do Sertão" e "Proezas do Menino Jesus", além de muitos outros. Seu último livro foi o romance "O Ajudante de Mentiroso".
*Ivo Tinô do Amaral foi vereador, vice-prefeito, prefeito de Garanhuns por dois mandatos (1977/1982), (1989/1992) e deputado estadual em duas legislaturas (1983/1986) e (1987/1990). Implantou o Relógio de Flores e criou o Festival de Inverno.
Foto: Luís Jardim.
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