Alberto da Silva Rêgo
"Todos cantam a sua terra,
Também vou cantar a minha",
Pujante em cima da serra,
Onde o sertanejo caminha.
Entrelaçando jovens corações,
Sob as noites enluaradas,
Gerando fraternas gerações,
No enlevo das madrugadas.
Brotando no seu fértil solo,
Flores - açucenas e rosas
Que perfumam o amoroso colo,
Madeiras de lei - árvores frondosas.
E, quantas cachoeiras borbulhantes,
Quietas ao pisar a planície,
Inundando os vales, ondeantes
No caminha pela superfície!
E o "Unhanhú" no seu viver secular,
Tropeçando aqui, ali, acolá,
Persistindo da sua faina de amar
O torrão natal, seu querido lar.
Foram-se os tempos. Conta a história,
Ela, na sua, sobrevive
Entoando seu canto de vitória
E, por todo um século, convive
Ali, povo - homem, mulher e criança,
No aconchego sadio dessa terra,
Mantendo vida a esperança
Naquele pedaço que encerra
Um passado, uma lenda, um mito,
De permanecer, como outrora
E, por todo o tempo, até o infinito,
Na "taba" o TUPAN que se adora.
Fortaleza | 29 de Fevereiro de 1984.
Nenhum comentário:
Postar um comentário