Paulo de Melo | O Poeta da Natureza
O vaqueiro de verdade
Trabalha sem visar ganho
Sem tempo de tomar banho
Esquece da própria vida
Pra arrumar a comida
Pra alimentar o rebanho
Vida de gado
O vaqueiro logo cedo
Já levanta preparado
Solta o gado no cercado
Volta, vem tomar café
Beija os filhos e a mulher
E vai trabalhar sem medo
Essa é a vida do vaqueiro
Que tem uma vida dura
Trabalha o dia inteiro
Só água e rapadura
E no rosto a moldura
Desse grande herói brasileiro
Enquanto os trapaceiros
Governantes sem moral
Organizam tribunal
Roubam o nosso dinheiro
Roubam o açúcar e o sal
Da família do vaqueiro
E tem milhões de brasileiros
Na mesma situação
Faltando arroz e o feijão
Por causa dos trapaceiros
Roubando nosso dinheiro
Esses filhotes de cão
Enquanto nossos irmão
Lutam por sobrevivência
Já perdendo sua crença
Que não vai ter solução
Bota o joelho no chão
E começa a penitência
E os brasileiros clamando
E a injustiça avançando
E nem choro da criança
Com sua reclamação
Abrando o coração
Desta maldita herança
Garanhuns | 2018
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