José Hildeberto Martins
Se a poesia é pura falsificação,
seja louvado o poeta
por cuja fantasia
ruma a fadários sem fim.
Se lhe aprouve,
a virgindade cede os escrúpulos;
se não, obriga a paciência a esperar.
Sem sua visão a vida se curva,
liberdade se confina.
Trago o céu sob os pés
e sobre a cabeça as metáforas
que me põem fora e distante de mim mesmo.
Um sonho sorri
e me transporta elétrico;
e isto é mais do que eu.
Viva a alma vocativa
em direção ao Deus extrospectivo.
Vivam os desejos, os frescores dispersos!
Benditas sejam as musas
que sempre inspiram
e perpetuam os versos.
Garanhuns | Ano 2006.
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