Valdir Marino
A palavra Magano
Figurando brincalhão
Jovial e travesso
Nomeou o bairro então
No topo da colina
Entre nuvens e neblina
Recebendo civilização
Negros engraçados espertos
Que dos Palmares fugia
A mando de Zumbi
Por ali estabelecia
Contraforte negreiro
Homem de coragem guerreiro
Comunidade de gente bravia
Depois de várias lutas
os negros deixaram o lugar
Mais ficou a eles dedicado
magano bairro popular
Das colinas a mais alta
No alto daquela mata
Onde o Cristo foi morar
Do alto do Magano
Os olhos a contemplar
A Suíça Pernambucana
A neblina a esfriar
A Serra branca ao lado
Por Deus foi lhes dado
A água mais pura do lugar
É ali que o exército
Faz manobra de guerra
Com soldados, armas e fuzil
No alto daquela serra
Escreveu-se a história
Dos negros a memória
Que o tempo não encerra
O bairro do Magano
Ganhou ponto turístico
No Cristo Crucificado
Ponto alto magnífico
Turista de toda parte
Vai visitar fazer arte
Escalar a história sem risco
De objetos voadores
Centro de observação
Na passagem do meteorito
Ali se viu o clarão
Conhecido dia do estrondo
O meteorito foi impondo
O fim da população
Foi apenas um susto
Magano bem visitado
População por toda parte
Residências e comércio "aprovado"
Bairro querido na cidade
Preservando sua identidade
Nos escritos e livro guardado.
Garanhuns | Ano 2019.
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