Segundo Augustinho, Seu Lino, além de gostar de tomar umas biritas, ainda tira versos, gosta de improvisar cantigas de toadas, versos de viola, etc... E quando se acolhia com um bom parceiro, se esquece do tempo, até mesmo de voltar pra casa, onde pacientemente há 40 anos, é casado com D. Téo que sempre o espera.
Mas, toda paciência tem limite, e desta vez, Seu Lino passou do armar (da conta, do limite). Juntou-se com uns aboiadores, que não via há algum tempo e, entre uma dose e outra, desde a sexta-feira, começando no próprio Bar de Augustinho, emendou os bigodes com os amigos e saiu de bar em bar, tomando uma e tirando versos. Passou pelo 1º de Julho, no Brás, Barraca da Galinha, Bandejão, Bar do Boi e mais outros bares da cidade e até de outras cidades da redondeza de Garanhuns.
Quando se deu conta, era madrugada de domingo e ele não tinha avisado nada para esposa, D. Téo. Ainda meio tonto, acertou chegar em casa. Mas a adrenalina pelo medo do esporro que, na certa levaria da esposa, ainda teve o tino de, lá pelas 5 e meia da matina, chegar em casa de pontinhas de pés, sem fazer barulho e, bem devagarzinho, no quarto, ao encontrar a esposa dormindo, senta-se a beira da cama e começa a tirar a roupa. Nisso, D. Téo, vira-se pra ele e pergunta, toda abusada: - Bonito! Isso é hora de chegar em casa, cachorro? E Seu Lino, improvisador como sempre, arrematou: - Oxente! Se tu num levantar logo, vai perder a Missa das 6 horas, lá no Colégio Diocesano, com Mons. Adelmar" Eu já tô me aprontando...
*Jornalista, radialista e poeta / Garanhuns, junho de 2002 / Jornal O Monitor.
*Augusto Teixeira Filho (foto), popularmente conhecido como "Augustinho", tinha um bar e restaurante na rua Ari Barroso, lado esquerdo do antigo Fórum de Garanhuns. Augustinho faleceu em julho de 2012, deixando sua poesia, os seus causos e o abraço amigo.
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