Letícia Duarte Oliveira
Tarde sombria, fria, triste,
O meu ímpeto resiste
Nem eu mesmo sei porquê.
Tremo, choro, pois não encontro uma saída.
É como um grande mal
Uma enorme ferida, que nunca vai sarar.
Se eu grito por socorro, não sou ouvida,
Se eu peço ajuda, não sou atendida,
Se eu corro bastante, não saio do lugar.
Se eu vou ajudar, sou dispensada,
Se eu vou acalentar, sou maltratada,
por que meu Deus, esta longa estrada?
Será que está em mim o defeito?
Será que não faço nada direito?
Ou isso aqui não é o meu lugar?
Para um convento, eu vou entrar,
Uma freira eu vou procurar ser
Com Deus eu seu que vou poder,
Com ele me clausurar.
Garanhuns | Ano 2007.
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